A imprensa de Goiás está repercutindo a decisão do Tribunal de Justiça do Estado, que concedeu Mandado de Segurança em favor de três estudantes da Universidade Estadual de Goiás (UEG), que alegaram motivos religiosos para não freqüentarem as aulas às sextas-feiras à noite e aos sábados. Eles são membros da igreja de Pires do Rio, interior do Estado.
Em voto unânime, o Tribunal decretou que a universidade busque formas alternativas para seus alunos, evitando assim, prejuízos aos seus estudos. Emissoras de televisão e mídia impressa destacam a decisão final, contrariando o voto do juiz de Pires do Rio, cidade dos estudantes.
O Dr. Anízio Araújo, do departamento jurídico da Associação Brasil Central (ABC), fez a defesa dos estudantes durante o processo, que durou cerca de 4 meses. À imprensa, o Dr. Anízio destaca a Constituição Federal que concede o direito de Liberdade Religiosa, e ainda enfatiza que alternativas devem ser encontradas para que o direito seja preservado.
Nunca assisti aulas às sextas-feiras à noite e aos sábados, e poderei falar daqui um tempo para minha filha que hoje tem três anos, que é possível concluir seus estudos e obedecer a Deus.Gledston Rodrigues
O departamental de Liberdade Religiosa da ABC, professor Arnaldo Balog Jr., ressalta a importância da decisão da Justiça, para que outros estudantes consigam comprovar junto aos seus professores que a lei realmente os ampara. “Graças a Deus, na maioria dos casos, são resolvidos administrativamente, mas é interessante ser noticiado que a Constituição Federal, a qual também obedecemos, nos dá este direito de obedecer a Lei de Deus”, afirma.
Gledston Rodrigues Ferreira é formado em ciências contábeis há dois anos. Sua história de luta para encerrar seus estudos tem sido enfocada em matérias sobre o caso. Ele precisou trocar de universidade por causa das aulas aos sábados, e estendeu o curso por mais 18 meses; mas nunca pensou em desistir de guardar a lei de Deus. “Eu espero que com esta entrevista, e com toda esta busca da imprensa para falar do assunto, eu possa contribuir para que outros estudantes não encontrem as dificuldades que sofri para superar durante a minha faculdade”, afirma. Ele ainda sonha em cursar outra faculdade, e está confiante de que esta decisão judicial o ajude a mostrar que a lei protege os estudantes adventistas.
"Nunca assisti aulas às sextas-feiras à noite e aos sábados, e poderei falar daqui um tempo para minha filha que hoje tem três anos, que é possível concluir seus estudos e obedecer a Deus”, enfatiza Gledston.Fonte: Brasil Central