segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Papa conclama união das igrejas

O Papa Bento XVI disse [no dia 6] que "o mundo precisa, mais que nunca", da unidade entre as Igrejas cristãs. O Pontífice fez essas declarações ao receber os membros da Comissão Internacional de Diálogo do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e da Aliança Mundial Batista. "O mundo necessita hoje, mais que nunca, de nosso testemunho comum de Cristo e da esperança trazida pelo Evangelho. A obediência à vontade do Senhor nos estimula constantemente a alcançar a unidade", explicou.

Segundo o Papa, as divisões entre os cristãos "contradizem clara e abertamente a vontade de Cristo e são um escândalo para o mundo, além de prejudicarem a causa santíssima de pregar o Evangelho a toda criatura".

O Papa defendeu analisar algumas questões erroneamente interpretadas no passado, tais como "a relação entre a Escritura e a tradição, a compreensão do Batismo e dos sacramentos, o lugar de Maria na comunhão da Igreja, e a natureza do primaz na estrutura ministerial da Igreja".

"Para conseguir nossa esperança na reconciliação e uma maior fraternidade entre batistas e católicos, é preciso que enfrentemos juntos temas como estes, em um espírito de abertura, respeito recíproco e fidelidade (...) a Jesus Cristo", disse.

Em outra audiência, o Papa recebeu 280 membros do Pontifício Instituto Oriental, fundado em 1917 por Bento XV, "para garantir a paz dentro da Igreja".

O Papa explicou que Bento XV, ao qual diz se sentir "ligado de forma particular", favoreceu assim as Igrejas Orientais católicas, que gozam "de um regime mais adequado a suas tradições".

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2130511-EI294,00.html

Nota: Há um século, Ellen White escreveu: "A vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá fazer esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória. Há anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando poderoso e crescente sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de doutrinas. Para conseguir tal união, deve-se necessariamente evitar toda discussão de assuntos em que não estejam todos de acordo, independentemente de sua importância do ponto de vista bíblico.

"Carlos Beecher, em sermão pronunciado em 1846, declarou que o ministério das denominações evangélicas protestantes 'não somente é formado sob terrível pressão do mero temor humano, mas também vive, move-se e respira num meio totalmente corrupto, e que cada instante apela para todo o elemento mais vil de sua natureza, a fim de ocultar a verdade e curvar os joelhos ao poder da apostasia. Não foi desta maneira que as coisas se passaram com Roma? Não estamos nós desandando pelo mesmo caminho? E que vemos precisamente diante de nós? Outrou concílio geral! Uma convenção mundial! Aliança evangélica, e credo universal!' (Sermão sobre: A Bíblia Como um Credo Suficiente, pronunciado em Fort Wayne, Indiana, a 22 de fevereiro de 1846). Quando, pois, se conseguir isto nos esforços para se obter completa uniformidade, apenas um passo haverá para que se recorra à força.

"Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América do Norte protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a aplicação de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável" (O Grande Conflito, p 444, 445).

Quem viver verá (e já está vendo...).
http://michelsonborges.blogspot.com/2007/12/papa-conclama-unio-das-igrejas.html